Monday, December 14, 2009

Wednesday, October 28, 2009

Pressão

Sabe aqueles dias que parece que você sente o ar que te envolve está te pressionando por todos os lados? Hoje foi assim. Ainda bem que em menos de três horas esse dia se acaba.

Sunday, October 18, 2009

Oniguiris e Furikakes

Sempre que via aqueles personagens de desenho japonês comendo umas espécies de bolinhas de arroz, morria de vontade de descobrir o que eles viam de tão apetitoso nas benditas iguarias! Eu não entendia como arroz sem tempero, sem nem um alhozinho refogado, poderia ser interessante. Pois bem, ontem num churrasco da família do meu Rafa (que é mezzo japa, mezzo brasuca) me deparei com os tais Oniguiri (e não bolinho de arroz). Todos bonitinhos, enfileirados, branquinhos. Aqueles oniguris sorriam pra mim e eu não pude resistir. Delícia.
Como ainda sou uma iniciante no mundo nipônico dos "cara de risquinhos", fui apresentada àquilo que dá um toque especial ao sabor dos oniguris. O Rafa me apareceu com um pote de pequenos pacotinhos coloridos, lindos e estampados com personagens de desenhos japoneses. Confesso que se tivesse que apostar, eu diria que aquilo se tratava de pacotes de figurinhas da Sacura, Pingo e Hello Kitty. Claro que perderia a aposta (como sempre!), porque se tratava de pacotes de temperos, eles são conhecidos como furikake. Trata-se de uma espécie de condimento seco que tem em sua composição peixe desidratado, gergelim, alga marinha, ovos e outros. Simples e delicioso. É só salpicar o tempero no oniguiri e se deliciar. Eu fiquei deslumbrada com os pacotinhos e, a cara de pau foi tanta, que pedi pra Maria me deixar trazer um pra casa. Ganhei três pacotinhos com sabores diferentes. Pelo desenho, acredito que um seja de peixe e os outros ainda não decifrei, pois em um o Pingu (aquele do desenho da TV cultura mesmo) está com uma florzinha e no outro com uma bolsa "tira colo". Pra mim isso não quer dizer nada...rs (que falta faz saber ler o Kanji ou Hiragana, ou Katakana. Aprendi isso também..rs).
Eu falo a língua do Pingu!

Wednesday, October 07, 2009

CLT

Em menos de 25 minutos estarei na sala do médico aqui do instituto pra fazer o meu exame admissional. Entrei numa de pensar se é isso que quero mesmo. Fazer o exame, entregar a carteira profissional no RH, ser registrada. Todos os vínculos trabalhistas legais exatamente e corretamente feitos. Dá uma coisinha doida, uma inquietação, uma vontade de sair correndo e meter uma mochila nas costas e sair por aí, me divertir trabalhando em outro lugar, novas coisas ...

...

Mas aí, passa a pessoa mais linda desse mundo(que por sinal é o meu namorado) na porta da minha sala. Ele me manda um beijo, acena, sorri. Agora, me escreve dizendo que deu a volta no prédio só pra passar aqui na frente da minha sala, só pra me ver um pouquinho. Tem condições de não amar isso?

...

Eu tenho muito o que aprender aqui. Eu tenho pessoas maravilhosas por aqui. Vou escovar meus dentes e fazer o teste admissional.

Monday, September 28, 2009

E ele me faz tão bem...

Ele demonstrou tanto prazer
De estar em minha companhia
Eu experimentei uma sensação
Que até então não conhecia
De se querer bem
De se querer quem se tem...
E ele me faz tão bem
E ele me faz tão bem
Que eu também quero
Fazer isso por ele
(Lulu Santos - Tão bem)

Thursday, August 20, 2009

Tuesday, August 04, 2009

No confessionário

Sabe quando você sabe que não deve fazer aquilo?
Sabe quando você sabe que não deve fazer?
Sabe quando você sabe que não deve?
Sabe quando você sabe que não?
Sabe quando você sabe?
Sabe quando?
Sabe?

Pois é. Eu sabia. Eu fiz, eu confesso.
Eu me rendo!

Saturday, July 25, 2009

Primeira lei de Newton

Sem vontade nenhuma de fazer coisa alguma. Assim, desafio Newton com essas palavras. Já que ele dizia que um corpo parado tende a ficar parado, se não houver nenhuma força agindo sobre ele, faço um experimento. Esse ridículo texto seria a força (F) que movimenta os meus dedinhos, na esperança que de criar um movimento retilíneo uniforme (MRU) que me ajude a terminar um outro texto que é sério e urgente.

Sunday, July 19, 2009

Cambiar!

E sei lá no que isso vai dar!

Sunday, June 21, 2009

Saturday, June 20, 2009

Pra não dizer que não falei das flores...

... e do nosso diploma de jornalismo: eu acho mais ou menos assim.

Sunday, June 14, 2009

Sobre um pedido

Ela, a alma, só almejava uma coisa. Aquilo que mais gostava de fazer no intervalo maior entre as aulas. Deitar no palco daquele lugar que ela costumava chamar de "arquibancada grega". Era um deitar diferente, porque ela precisava manter os pés bem firme no chão, pra que aqueles raios de sol que surgiam por entre a copas das árvores não dividisse, dispersasse o pensamento. Deitar, fincar os pés no chão e entender a maneira correta de viver(ou a menos errada). Aquela maneira que fizesse com que as pessoas que por algum momento foram atrizes e atores principais no palco da vida dela aceite que hoje, elas tem um papel de menor presença e que isso não significa menos importante ou menos especial. Como conseguir mostrar e escutar delas, tudo o que estão aprendendo e o que estão ensinando, se pode-se sentir a mágoa (se é que é esse o nome desse sentimento pesado) da distância que enche de neblina um sorriso, um abraço. Como fazer com que toda a alegria em reencontrar essas pessoas, não fique engasgada. Mas amanhã é segunda-feira. Dia que ela pode deitar na tal arquibancada grega, aquecer as ideias. Tudo ficará bem. Tudo ficará bem. "Aqueles que passam por nós não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós". Antoine de Saint-Exupéry

Thursday, June 11, 2009

Domingo no Parque II - Criança da Megalópole

Isso é o que acontece quando as crianças que acham que o leite vem da caixinha e que a água nasce da torneira, encontram as galinhas d'angola do Parque da Água Branca(SP).
Clique na imagem para ver melhor

Sunday, June 07, 2009

Domingo no Parque I - éeehh...

Sexta, sábado e domingo trabalhando em São Paulo, em evento de comemoração do aniversário de 80 anos do Parque da Água Branca. Eis que entre os homenageados está um dos primeiros diretores do parque. Um senhorzinho (não lembro o nome!), de 92 anos que afirmou algo que teimo em dizer que não me atingiu.

Não é porque esqueci o nome de um daqueles corações lindos com sotaque de Santos, que passam rapidamente pela nossa vida e que estamos sem encontrar há quase 3 anos, que vou dizer que sofro do tal mal. Não vou.
"Hoje em dia, as pessoas sofrem do mal do esquecimento. Eu vejo aqui no parque amigos que fiz ao longo da vida. Lembro do nome de cada um. Desse mal eu não sofro"

Saturday, May 30, 2009

Tempo, tempo, tempo mano velho!!!

São só 30 dias. Tá doendo. Eu vou aproveitar cada conversa. Vou observar ainda mais cada detalhe da retina dos olhos, dos sorrisos, do som da voz, cada conselho, cada aperto de mão e abraço. A realidade é que tudo será diferente e que o privilégio da compania dessas pessoas serão mais escassos. Dói, mas é necessário prosseguir. É o coração, velho. É o coração.

Sunday, May 24, 2009

Sobre o bem que a dança me faz

No descompasso dos seus passos
Me tomou pelas mãos
Fechou a saída lateral
E invadiu a minha vida

Não temo a caminhada desse malandro,
Pois sei que ao final dos meus dois giros
Lá está ele pra me equilibrar (ou desiquilibrar)

Escreve Vinícius, toca o samba seu moço
Canta que a tristeza aqui não é Senhora
A dona aqui é a alegria do contratempo
Contratempo que não respeita os números ímpares:
19,27,1

Canta Cartola, toca seu moço
Dança malandro, me encanta
Que esse samba não pode acabar
(e eu já não quero mais trocar de par)

Sunday, May 10, 2009

Sobre a fala que poderia ser minha

Sou rancorosa. Lógico que rejeito o sentimento e me policio: "Vamos largar de besteira!".No entanto... Ressinto-me igualmente de não ter mais disponibilidade para os amigos e a família. Às vezes, exagero na reclusão. Distancio-me de meus afetos. Quando penso nos colegas que se foram e na atenção insulficiente que lhes dediquei...(...) Convivi tão pouco com (...)Sorte que, às vésperas de morrer, ele me mandou uma carta, comovido. Falava de coisas doces. Foi provavelmente a última carta de redigiu. A vida não passa disso, de um demorado adeus.

(Fernanda Montenegro em entrevista para a revista Bravo!)

Obs: Descanse em paz, querido Lemones!

Thursday, April 23, 2009

Sunday, April 12, 2009

Cheshire cat!!!

- Nós aqui somos todos malucos. Eu sou maluco. Tu és maluca...
- Como é que sabes que sou maluca? - perguntou Alice. 
- Tens de ser - disse o Gato.
- Se não fosses, não terias vindo para aqui. (...)"
Muito doido!!!

Sunday, April 05, 2009

A dedicatória

Procura aquela caneta. Estabilo marron, a preferida. Com letras arredondadas, ela escreve para aquele de pele límpida e que cheira a sândalo. Aquele que para doar amor sem anonimamente, pintava-se de palhaço:
"A beleza se revela quando,
mesmo sem se tocar,
duas almas se reconhecem."
Você é uma das almas preferidas pela minha nesse universo. Esse é o sentimento X do qual eu falava....

Saturday, March 21, 2009

Sobre os três

Ela, ele e Chet

A respiração se acalmava. Não se sentia o frio daquela serra. Era somente o som de Chet, a meia luz e os dedos da mão dele que "teclavam" sua perna harmoniosamente ao som daquele jazz.

A moça olhava os seus pés. Os calcanhares que descalços ensaiavam passos de maracatu, agora relaxavam o peso de um dia de trabalho, quase por cima do laptop que emitia os acordes do trompete.

Não precisaram de conversa, palavras, letras na canção. Não se precisou de um pouco de álcool ou outro tipo de droga para que relaxassem e deixassem cair a máscara que encobre os que começam a se conhecer. Eles se mostraram. Os três. Ela entendia o que eles queriam dizer. Ela entendia quem eram eles.

Respeitavam-se e sentiam-se acolhidos por aquele respeito. Ele nos braços dela. As mãos dela em um cafuné, as dele tocando Chet nos braços, pernas da moça. E Chet se mostrando em cada faixa daquele CD.

Pensou nele, mas pensou muito mais nela e na forma como pensar nela era respeitoso. Tanto pra ele, quanto pra ela. E ela se apaixonou por ele. E ainda mais por ela. E um tanto por Chet Baker.

(Imagem:Helima e Chet Baker por Willian Claxton)

Sunday, March 15, 2009

Feliz Ano Novo

Acontece pra mim, o ano começa amanhã. Nesta bela próxima segunda-feira (que promete ser chuvosa) começa uma nova rotina um pouco diferente da que eu estava levando. Bem mais corrida. Daquelas que se precisa ser bem organizado (Coisa que não sou) pra conseguir cumprir tudo. Já posso até ver a cara de alguns amigos me dizendo "Tu te mete em cada enrascada", quando eu começar a dizer que não tenho tempo pra nada.

Eu bem que gosto disso, sabe. De não ter tempo de fazer nada, exatamente porque estou fazendo de tudo! De chegar em casa muito cansada, tomar um belo banho, cair na cama e dormir. Daí que não há tempo pra pensar besteiras, de supor coisas que não existem. Não haverá tempo.

Bom também, é que estarei fazendo coisas que gosto, coisas que acho que irei gostar e coisas que não gosto, mas que são necessárias. Tudo isso está me encorajando a fazer outras coisas, aquelas que eu tinha um pouco de receio de fazer.

Tenho 18 meses pra planejar o que farei depois. Com toda a calma que os esses dias irão me oferecer. Com todas as conquistas, aprendizado, pessoas, aborrecimentos, alegrias que virão junto com as provas, os textos, as broncas do chefe, os parceiros, os amigos, os passos de danças, o inglês, as festas, os ônibus lotados, o sol quente na cara, os pingos da chuva pelo corpo.

Espero que essa correria, não me empeça de enxergar cada um, cada história que passar pelo meu caminho, cada um que me oferecer a mão ou que segurar a minha mão que está aberta.

Start. Estou pronta. Pode começar.

Friday, March 06, 2009

Sobre aquela cachorrinha

Em homenagem à querida Laila - cadela que conheci na Unicamp e que sujou a minha roupa de barro antes da entrevista pra pós - o clipe dos meninos do Instiga. A Laila me fez abrir um sorriso do tamanho do mundo (o clipe dos meninos também)!
Aquela da cachorrinha - Instiga Instiga Música: Aquela Cachorrinha CD: "Tenho uma banda"

Sunday, February 22, 2009

Sobre a farsa de A.A.S.

Depois de milhares de encontros que A.A.S. tomou como meras consultas ou experimentos para sua vida, a interlocutora decide compartilhar da farsa. Veste a fantasia de psiquiatra e diz:

"No seu caso, meu caro A.A.S., esses ombros caídos nunca foram característica do que se costuma chamar de "carregar o mundo nas costas". Toda essa sua mudança corporal, que chegou a diminuir sua altura (e o seu caráter), é o mais puro sintoma de uma pessoa que quer melhorar o ângulo para olhar o seu próprio umbigo.

Sempre foi assim. Esses três anos comprovam.

Receito algumas pílulas de Ácido Acetil Salicilíco. Pílulas de você. Para que talvez você perceba o quanto é ácido o caminho daqueles que somente pensam em si."

Adeus

Friday, February 06, 2009

Sobre a Publicidade de Dona Almira

Já tinha ouvido falar de roubar jabuticaba do vizinho, de trazer da casa da Vó, do pai que trazia lá de Pindamonhangaba, da Maria que as pegava no pé da fazenda do trabalho, da menina de nariz pequeno que foi picada por um marimbondo no pé da fruta, das bolinhas pretas e graúdas que faziam tloc-pluf, tloc-pluf. Mas isso, não:
Tloc-Pluf, tloc-pluf
(Revista Piauí, Janeiro/2009)

Saturday, January 31, 2009

ãhn?

Millôr [...reverências]

Wednesday, January 14, 2009

Velhos escritos do Cerrado

O solo seco de Araguari. Queimadas. Essas altas e estranhas (pra mim) palmeiras ao longo da BR-050 em Minas Gerais. Pensei em JGR. Se esperasse mais uns minutos, naquele posto da beira da estrada, talvez batesse um papo com um Miguilim, Diadorim. Seria um daqueles papos de chuva fina em fim de tarde. Aquela que não sabe se chove ou se faz sol.
Talvez chegasse a contar pra ele que... “Sem você, meu amor, eu não sou ninguém”...
Na rádio toca Vinícius...

Mais 360 km. Estaremos em Brasília. (setembro/2008)

Sem você, meu amor, descobri uma coisa: Eu sou muito mais eu.

Sunday, January 11, 2009

Araca do Samba

Aracy de Almeida. Peca quem pensa que a mulher era somente aquela senhora não muito bonita, chata e de óculos estranhos que dividia a mesa de jurados com peças como o Homem do Sapato Branco, a Vovó Mafalda no programa Show de Calouros, de Silvio Santos. Essa é parte dos últimos anos de vida da cantora, que explicava sua participação no programa do Silvio, como uma forma de levar a vida e não ficar esquecida em velhos bolachões empoeirados.

Acontece que Aracy de Almeida pode ser considerada como uma das principais intérpretes das canções de Noel Rosa, grande amigo da cantora. Araca, como era conhecida pelos amigos, vivia rodeada por grandes intelectuais como Di Cavalcanti e Aldemir Martins e Pixingunha. Apesar disso, não mantinha pose. Aracy era livre, boêmia e desbocada, a ponto de mostrar os seios quando falavam de sua aparência física. “Sou feia, mas tenho peitinhos bonitos”, afirmava e, se preciso, provava.

Aracy de Almeida cantava samba como ninguém. Sambas dos bons. Aprendeu a cantar com hinos de igrejas e em terreiros de candomblé, até ser levada pras rádios em 1933. Dividia os holofotes com Carmem Miranda. Dizem que ao lado de Carmem, foi a maior cantora de samba dos anos 30 e a principal influência no modo feminino de cantar samba. Mesmo que muitos não saibam ou não queiram saber. Aracy está presente nas vozes de várias cantoras de samba do momento.