Monday, April 23, 2007

Sobre a "comilância" da Menina de lah

AMENdoim
Esse final de semana, o "meu menino" teve a coragem de pagar R$7,59 em um saco de meio Kg de amendoim Japonês. Ele, como eu, é um apreciador da iguaria viaciante. E ele, como eu, está tentando parar com esse vício.

Eu estou melhor. No ano passado era sagrado a compra de, ao menos, um pacotinho de 50 centavos de amendoim Mendorato por dia. Lembro que a Renatinha, conhecedora do meu vício, tentava me controlar dando a sugestão de comprar outra coisa, ou até mesmo dizendo pra eu não comprar.

Era irresistível. Sempre surgia uma moedinha redondinha, com um belo 50 prateado. Brilhando, gritando para que eu comprasse aquelas bolinhas salgadinhas e crocantes. Eu sacava a moeda do bolso e corria na mulher da pipoca, na lanchonete, na doceria, no Tonhão, na casa de lanches naturais, procurava o local que tinha a menor fila e adiquiria o pacotinho.

E mais, eu tinha outro acompanhante além do "meu menino". O Dinho sempre estava disposto a dividir ou até me presentear com um saquinho de amendoim. Hoje, com a distância, quando nos encontramos celebramos a velha amizade com um pacotinho de Mendorato. Ai, que beleza.

Talvez o período de menina-de-lah-devoradora-de-amendoins esteja voltando. Tudo me instiga para....
Semana passada comprei um pacotinho quando fui ao cinema com o menino. E dias desses, até escutei a Renatinha dizendo que estava louquinha por um amendoim. E agora, tem um sacão de 500 gramas de Mendorato está lá no quarto do meu namorado. O pior é que só vou vê-lo na quinta-feira. Será que o amendoim dura até lá? Sendo ele um viciado, eu duvido (viciada eu?!).
Ai, eu quero amendoin.
Imagens:
Amendoim Mendorato 1Kg!!!
Charlie Brown " O Minduim"

Sobre a minha capacidade de ser toltalmente transparente

O Mensageiro
Aquele ônibus 3.29 pedia a ruguinha típica no meu queixo. Aquela que teima aparecer logo abaixo do lábio anunciando que meus olhos irão receber como visita um líquido transparente e salgado.
Quem veio me visitar? Ah, era o mensageiro do coração. Veio com um recadinho de que aquele que pulsa musicalmente, de acordo com o rítmo da vida, pedia trégua. O tal líquido se mostrava insistente, desavergonhado e quente. Quase na temperatura do sol que queimava meu rosto na janela.
Ah, aquele responsável em enviar o líquido vermelho pelo meu corpo, estava cansado, indignado com a falta de tempo, com a incompreensão, com as cobranças, com a dor em todo o corpo, com falta de reconhecimento, com a infecção, com a mesquinharia, com os más vibrações, com a humilhação, com a falta de compreensão dele próprio com o mundo. Estaria ele errado? Estaria correndo na direção contrária?
Ele queria parar um segundo. Um segundo que durasse horas e horas, de modo que ele levitasse, meditasse, se desprendesse de todo esse peso. Ele queria parar, com o direito de voltar, sem más consequências.
Alguns minutos durou esse recado.
Sequei os olhos, levantei a cabeça. Dei o sinal para descer.
O coração está bem, está melhor. Foi a última coisa que o mensageiro disse.

Monday, April 09, 2007

Sobre ser uma paulistana totalmente parcial

Inocência
Sou suspeita pra comentar sobre o espetáculo teatral "Inocência", sobre os atores, sobre o texto, sobre a Compania de Teatro "Os Satyros", sobre a praça Roosevelt, sobre a magia do lugar. Sobre o pobre, nobre personagem Fadul.
Encantador.
Eu amo São Paulo, mesmo com mais de uma hora e meia da congestionamento. Amo aquela garoa fria.
Ah..sou suspeita pra falar disso também.
Quem puder, comprove. Veja o espetáculo e, quem sabe, ame minha cidade.