Monday, January 21, 2008

Sobre Mutum

Palmas, palmas e mais palmas para Sandra Kogut, diretora do Filme Mutum e palmas para João Guimarães Rosa, escritor (meu predileto) de Campo Gerais ou Manuelzão e Miguilim, livro no qual Sandra se baseou pra fazer o filme. * * De se emocionar do começo ao fim da película. E depois, ao relembrar também (sabe comé...eu choro muuito!!)

Thursday, January 17, 2008

Sobre recadinhos pra Manu

No último sábado recebi o anúncio de um presente que em breve se concretizaria:
* Mensagem de celular:
12.01.2008 - 16:49 Manu Flor
Tem como nos vermos amanhã a tarde em Campinas?
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Manu Flor, é uma grande amiga que fiz por meio do cerébro eletrônico.Em uma brincadeira da comunidade da Amelie Poulain, encontrei e adotei uma irmã. Trocamos scraps, msn, (cartas mágicas) e telefonemas. A Manu mora longe. Ela é a flor mais bonita de Jericoacora e concidentemente, tem parte de suas raizes aqui, em Campinas.
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Enfim. Manu estava por aqui e no domingo acabamos nos encontrando no shopping Iguatemi.Ela dizia que queria assistir o filme "Garoto Cósmico".Topei, claro mesmo tendo certeza que o filme não estaria em cartaz lá. Na verdade, até duvidei que esse filme viria pra cá tão cedo. Ficamos cerca de duas horas conversando. Tempo pouco. Nos despedimos com dor no coração. Eu, emocionadíssima.Imediatamente senti saudades. Entre as nossas conversas reclamei, de Campinas. Disse que o filme demoraria meses pra chegar aqui e que se chegasse, não passaria ali, no Iguatemi.
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MANU! O FILME VAI ENTRAR EM CARTAZ AMANHÃ LÁ NO PARADISO!!!
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Volta pra assistir!!
Volta pra conhecer o Paradiso!
Volta pra conhecer o clube informal!
Volta pra tirarmos pelo menos uma foto juntas!
Volta pra passarmos horas e horas conversando!
Volta pra ver que Campinas nem é tão ruim assim.. é até pertinho de São Paulo...rsrs
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Saudades já, minha amiga!

Thursday, January 10, 2008

Sobre pé na estrada, Henfil e ouvidos de fofoqueira

Ontem eu e o Lindoviski visitamos a USP. Ele pra fazer a prova específica do vestibular de Audiovisual e eu, além de acompanhar, dar força, carinho e atenção, conhecer a maior universidade do país.
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Enquanto esperava o tempo das provas, que não eram lá muito sérios e pontuais, observei muito em compania de Henfil e de Guimarães Rosa. Li e me diverti com as cartas de Henrique de Souza Filho - cartunista, quadrinista, jornalista, humorista - para seus amigos e familiares no período em que viveu nos EUA. Tudo no livro delicioso de se ler "Diários de um Cucaracha". E também averiguei umas palavras de João (meu preferido) em "Grandes Sertões: Veredas".
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USP X UNICAMP
Não posso dizer que conheci muito, mas a viagem até a Poli, deu pra me oferecer a noção de que a USP é grande, muito maior de enorme de grande se comparada a Unicamp. Mas a diferença, termina aí.
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A USP tem o mesmo clima lelé da Unicamp. Mesmo que esteja um sol de rachar o coco em alguns cantos, à sombra, há um friozinho estranho. Imagino que no inverno, a universidade dos Jardins também se assemelhe às temperaturas da universidade de Barão Gelado.
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Lá também tem gramado verde (como no IA), jardins bem cuidados, iluminação diferenciada, restaurantes, lugares com poucas árvores, lugares com muita árvore, gente fazendo cooper, gente fazendo hora (eu!!), gente fazendo nada. Enfim, gentes muito simpáticas e outras nem tanto.
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Documentário
Enquanto o pessoal fazia as provas do vestibular, um grupo de veteranos gravava imagem e entrevistava os futuros bixos pra um documentário. (como eu soube disso? porque além do meu querido ouvido jornalístico os veteranos falavam alto, muito alto, à ponto de tirar a minha concentração na leitura do livro que eu lia).
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Não gostei muito não, sabe? Me incomodava a forma como as sonoras eram feitas. O pessoal entrevistava e aproveitava pra aplicar uns trotes nos futuros bixos. Brincadeiras sadias, mas que na minha opinião acabavam intimidando os candidatos às vagas da USP. Questionava como aquilo poderia influenciar as respostas das perguntas "sérias" que seriam usadas no doc.
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Depois, mais tarde, quando já tinha terminadado a leitura do livro do Henfil e parti pro de Guimarães Rosa, fui interrompida com um diálogo filosófico que discutia a partir de idéias de Sócrates e Platão a imparcialidade e o conceito de verdade e como aquilo influenciava o modo de se fazer um doc.
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Tá, a verdade ali no doc, acaba sendo a verdade dos diretores (no caso, veteranos) que iriam entrevistar, captar, editar e tals. E a dos candidatos a bixos (nas sonoras). Mas será que as tais brincadeiras dos veteranos, não poderiam modificar mais as sonoras dos vestibulandos? Será que as expressões, respostas, sotaques, tics, sentimentos dos vestibulandos não estariam infectadas pelo pequeno trote aplicado anteriormente?
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Não sou contra trote, brincadeiras e essas coisas não. Mas questiono se tudo aquilo era adequado naquele momento. Bom, mas eles podem usar imagens do trote no doc. Aí são outros quinhentos. E então tudo o que eu escrevi é besteira. É Top, top, top pra mim. Enfim, esquece.
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SP
Ontem notei que prefiro muito mais o centro antigo, cinza e sujo, com direito à Teatro Municipal, Viaduto Santa Ifigênia e do Chá, do que as ruas limpas e verdes dos Jardins. Não sei por que, mas só sei que foi assim.
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E bom mesmo foi acompanhar Lindoviski. Ver o menino se deliciando de estudar de madrugada, se esforçando pra acordar bem também de madrugada, correr atrás de ônibus na Cruzeiro do Sul, congestionamento, sol quente, se perder e se achar na usp, enfrentar prova, carregar bolsa e mochila pesada, despencar e cochilar no Cristália rumo à Campinas, se arrastar até o ponto de ônibus questionando a pequenice da cidade em comparação à metrópole paulistana e a grandiosidade de Campinas perto de Sto. Antônio de Posse, comer pãozinho de forma com presunto e queijo, tomar um banho e dormir. Tudo isso. E juntos.